sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

Como será viver ao lado de um vulcão? Seria a tensão da vida muito mais violenta e natural? E os sentidos? O que sente quem tem ao lado da janela do quarto um gigantesco monstro que adormece sua fúria em algum lugar adentro?
Talvez sejam os mesmos medos, os mesmos sonhos e até as mesmas faltas de vontade que nos habitam, a mim e àquele que vive ao lado de um magma em potência...mas o que nos separa pode então ser pura e somente a terra da qual brotamos.
Se daqui de longe anseio pela emoção de ver a fúria agir, pode ser porque é seguro assim, distante...
Mas daí, de onde tudo explode (de dentro de mim) quizesse alguma calmaria.
É que o contido que sou, se faz sempre regado às limitações da janela do quarto abrigo, e aquele que tem um continente, ou uma península no coração vive no limite de cada dia.


RJAD 18/12/09

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