sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

Senti saudade
não foi alma
não foi corpo
sequer silhueta
linha qualquer,
não tinha nome
nem forma
ou peso
mas pesava
doía
sentia
sem sentido
essa falta
de dentro
um vasto imenso.
Se fosse eu
ao mar,
Ah, se fosse!,
saberia
ao longe
de tudo
bem perto
a dimensão
do nada, pois
pensei que o infinito
fosse profundo
mas era só
ponto de fuga
na superfície do horizonte.

RJAD 12/02/10

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

For a Kind of Blue

This poem used to be called "Deus". But now, finding myself wondering and asking why do I made things so sacred when everybody just don't care or just hurt it as it was nothing...I really don't know and, even now, couldn't find an answer. So, I'll still ask why, but now without a name...



Por que?
Esse teu azul não é como o meu?
Por que?
O teu não é como o meu?
Onde segura essa linha
Da tua mão?
Se as janelas de teu firmamento
se abrissem como as que me acolhem...


Segure então bem forte
que, nas asas do meu sonho
buscarei...
Buscarei dentro da larga garganta
Onde grito teu nome,
Que um dia emudeceu,
morreu, acabou,
não voou tão alto
Como voam agora
estes pássaros azuis.


E se ainda existe luz,
procurarei o meu azul
Tão profundo e quieto
Vestindo os demônios
E o teu tão brilhante
que grita e seduz.


E meu ventre
Como um buraco negro,
tem fome, suga.
O vampiro de minhas ânsias.
E, que uma gota não caia
devorando tua essência.


Toda essa gigante fome
Como então todas as palavras
Como-as, e toda a tua força,
Ou medo?

Ou meu medo azul?


Seguro minha voz
Não em sussurro
Então GRITO! no papel
TODA A MINHA FOME!
De uma existência.


Se puder alcançar
Um dia que seja
Essa tua luz
Mas...,
O meu azul
É diferente do teu
O teu esta no firmamento
e o meu veste os demônios.


RJAD     a long time ago