domingo, 20 de setembro de 2009

                                                        Retórica ou Poética?

                                                 O desejo de ser que não cala
                                                 A voz que não fala e existe
                                                 Como gota, persiste tocá-la
                                                 Essa essência que exala e resiste

                                                 Não pretendo resposta exata,
                                                 Não exalta se então compreendo
                                                 Em se vendo, ilusão vem! me mata!
                                                 E me afasta do ser e do sendo.

                                                 Se um verso resiste no tempo,
                                                 Fugaz como um sonho moderno,
                                                 Provoca no peito o impo,

                                                 Encara qual rosto limpo,
                                                 Sopra do futuro o inverno,
                                                 Deixando o que foi ser eterno.




Estava estudando Parmênides e Heráclito e pensando no ser da modernidade, resolvi postar aqui.

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

A vida - mimesis da arte ou seu contrário?

Foi quando agi da mesma maneira que a canção Hurt de Trent Reznor. Dor, as vezes faz bem, para compreendermos que ainda estamos vivos.

"I hurt myself today / to see if I still feel / I focus on the pain / the only thing that is real" T.R.

Então, Marion em Asas do Desejo diz "O tempo cura, mas e se o tempo for a doença? É como se as vezes tívéssemos de nos curvar para continuar vivendo."

Pois bem, Vida, aqui dispo-me de meu orgulho e curvo-me diante de ti, confesso então que perdi. O desejo assaz transformou-se em fugaz. Poeira estelar.

terça-feira, 15 de setembro de 2009

       Olhando para esta foto ainda penso neste dia e lembro-me então do que Fausto diz: "Pára, instante que passa, és tão formoso" é então que me lembro que a felicidade só se faz de pequenos instantes, depois tudo se esvai. Se eu pudesse segurava esse instante com as mãos para tê-lo sempre comigo, mas então ele só seria uma lembrança oblíqua de tudo que existiu. A dor faz parte de se viver, a morte é anestesia para quem não quer sentir mais.

sábado, 12 de setembro de 2009

Talvez uma sensação apenas, uma sensação de carinho. E ser querido, não Por estar indo embora, mas por estar aqui. Pois que não vejo, não reconheço esse desejo nos olhos, no beijo, por isso, então, com o vento sigo em vão. Por certo, no anseio de sentir, ao menos num instante, um apreço, um olhar avesso, escasso...E só assim dão por conta de mim.
Queria saber. Céus, como gostaria de entender! Como é? Não amar, mas como é ter amor? Será que em alguém esse “ter” despertou?
Fico pensando no rouxinol ferido pelo espinho da rosa branca, e sua dor eu sinto, mas não sinto nascer o amor. Por que ninguém atira-se como o rouxinol, ninguém dá o coração? Guardam-no como uma preciosidade, como jóia, jóia que pode ser trocada por outras maiores.
E qual a importância disso tudo? Por que ainda insisto nesse absurdo?
Não sei.
É algo maior que a mim mesmo e, por isso, esparrama-se corpo afora, inunda um pequeno mundo, à procura de criar, sentir, sonhar...e devastar as barreiras da indiferença.

Agosto, 2009

Eu já estive no céu um dia! Foi extasiante! Vi a liberdade quase como um pássaro!