quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Acredito que a única dor que me provoca e impossibilita minha cura é esse desejo de tudo, que não passa. Por vezes acreditei ser o meu coração como um submarino, que afundava no profundo, mas vejo ser só um navio, o qual rasga as superfícies, perturba as águas e deixa apenas leve espuma que esvai, foge ao longe em busca de outras águas mais.
Tenho o coração atravessado de infinito e um corpo denso de realidade. Nunca mergulharei no abismo, só tenho dele a sensibilidade.


Photo by Steve Mccurry

2 comentários:

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  2. Quando Ícaro aproximou-se demais do sol suas asas despreparada para o calor, derreteram e ele caiu para a morte.
    Para mim parece o bastante e o melhor só termos a sensibilidade, nos faz querer sempre mais e nunca achar que aquilo é o bastante, porque aquilo não é tudo. E o que temos que buscar, me parece, não é "curar essa doença" (acho errado pensar desta forma), mas sim procurar viver em paz com este modo de ser e querer.

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