quarta-feira, 28 de abril de 2010

Little Tale

Angels like smoke of our cigarretes, religion of counciousness.
In a way, anyway, the meet of our feelings, of our trues, wich was nothing but the fact of our ignorant mistakes.
Well, the light was on in our sights, or just look like. And we bet. We bite in a hungry, in a hurry...
Late to be, to seek an end. Trying to comprehend a bit of existence.
Shame on us, periods of a line.
 Reaching not to be what we were. Material of some substance, doesn't matter what.
But the night was the end, dying on the next day with a real Sun melting all the possible ilusions.
Going on as the night, becoming just part of our dreams. Lefting a little light for your cigar above and beside your screams.

RJAD

terça-feira, 20 de abril de 2010

O Nada

Depois, o vazio, a profundidade dum espelho d'agua, a intensidade de uma queda livre, mas você não era o chão e ele não estava lá.
Na minha cama estreita só cabem os sonhos doentes, na sua nem sua mente.
O caminho de volta dói mais evidente, é porque o sol já aponta meus vícios latentes.
Só queria entender...ou sentir, mas nem filosofia ou qualquer poesia irá responder ou resistir.

RJAD 18/04/10

Sonho que se sonha só

Disseram-me que brincar de ilusão não podia, que era perigoso e mentira sem rosto. Mas insisti, teimei com a palavra e imaginei, e criei imagens trocadas e troquei a ordem do mundo e vi o arrebol no lugar da morte do sol, e vi frescor na tempestade e tempestiei com o vento na relva, deitando com Whitman no leito verde de sonhos.
Delirei, sim, delirei amigos. Já que todos criam matéria oca para assegurar suas realidades, esvaziei minha substância para preencher de sonhos criados sem matéria dura.

RJAD 16/04/10

sábado, 27 de março de 2010

No quarto, pela manhã, abro a gaveta, encontrando um horizonte de máscaras, possíveis, imagináveis, que terei de escolher mal o Sol nasce, e dançar no baile de carnaval da vida que não decidi...

[espaço  em branco]

Acho que na vida não dá para gostar das possibilidades. Não por serem ruins, mas eu, por não saber suportá-las, dar-lhes o suporte da escolha.
E, no que penso,  contemplo, reflito no tempo, este passa...e a possibilidade que era tão intensa dissolve-se como areia, espalha pelo vento.

RJAD Março
E mesmo os petrificados olhos da razão ainda sentem a metafísica bater como um coração

De Fernando Pessoa:

"Há em olhos humanos, ainda que litográficos, uma coisa terrível: o aviso inevitável do consciência, o grito clandestino de haver alma."

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

Senti saudade
não foi alma
não foi corpo
sequer silhueta
linha qualquer,
não tinha nome
nem forma
ou peso
mas pesava
doía
sentia
sem sentido
essa falta
de dentro
um vasto imenso.
Se fosse eu
ao mar,
Ah, se fosse!,
saberia
ao longe
de tudo
bem perto
a dimensão
do nada, pois
pensei que o infinito
fosse profundo
mas era só
ponto de fuga
na superfície do horizonte.

RJAD 12/02/10

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

For a Kind of Blue

This poem used to be called "Deus". But now, finding myself wondering and asking why do I made things so sacred when everybody just don't care or just hurt it as it was nothing...I really don't know and, even now, couldn't find an answer. So, I'll still ask why, but now without a name...



Por que?
Esse teu azul não é como o meu?
Por que?
O teu não é como o meu?
Onde segura essa linha
Da tua mão?
Se as janelas de teu firmamento
se abrissem como as que me acolhem...


Segure então bem forte
que, nas asas do meu sonho
buscarei...
Buscarei dentro da larga garganta
Onde grito teu nome,
Que um dia emudeceu,
morreu, acabou,
não voou tão alto
Como voam agora
estes pássaros azuis.


E se ainda existe luz,
procurarei o meu azul
Tão profundo e quieto
Vestindo os demônios
E o teu tão brilhante
que grita e seduz.


E meu ventre
Como um buraco negro,
tem fome, suga.
O vampiro de minhas ânsias.
E, que uma gota não caia
devorando tua essência.


Toda essa gigante fome
Como então todas as palavras
Como-as, e toda a tua força,
Ou medo?

Ou meu medo azul?


Seguro minha voz
Não em sussurro
Então GRITO! no papel
TODA A MINHA FOME!
De uma existência.


Se puder alcançar
Um dia que seja
Essa tua luz
Mas...,
O meu azul
É diferente do teu
O teu esta no firmamento
e o meu veste os demônios.


RJAD     a long time ago