Retórica ou Poética?
O desejo de ser que não cala
A voz que não fala e existe
Como gota, persiste tocá-la
Essa essência que exala e resiste
Não pretendo resposta exata,
Não exalta se então compreendo
Em se vendo, ilusão vem! me mata!
E me afasta do ser e do sendo.
Se um verso resiste no tempo,
Fugaz como um sonho moderno,
Provoca no peito o impo,
Encara qual rosto limpo,
Sopra do futuro o inverno,
Deixando o que foi ser eterno.
Estava estudando Parmênides e Heráclito e pensando no ser da modernidade, resolvi postar aqui.
desejo de ser, se bem entendo, é a falta que faz a falta, o presente do eterno, nesse agora. Mas que sentido tem, então, desejar o que se tem, presentemente?
ResponderExcluirAhh Perfeito!!!
ResponderExcluirVou chorar!!!
Mas então! É por isso que as palavras serão, mesmo que imperfeitas, eternas. Sempre na busca de algo. Creio que desejar é o que dá sentido à vida do homem, pois a plenitude é vaga demais, apesar de as palavras parecerem paradoxais é isso que entendo. É aquela aula da saudade, desejar por já ter tido e ter ido embora, ou, ainda, desejar porque não se conhece. Sempre haverá o mistério na busca. Findado este, nada se pode querer! Viva a imperfeição, a eterna procura e a criação.
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